quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pós Colonialismo na Educação


O pós colonialismo propõe questões muito importantes para a sociedade brasileira de hoje. Podemos citar como primordiais as questões que abrangem as formas de opressão, injustiça, desigualdade e exploração no nosso país. Culturas são oprimidas enquanto outras são tomadas como evoluídas - no nosso caso, a cultura negra e indígenas são as grandes vítimas desse desnivelamento cultural, social, intelectual...

Essas noções em que os europeus trouxeram CIVILIZAÇÃO para o Brasil e que eles que EVOLUÍRAM a forma de vida "primitiva" presente nesse continente, são as justificativas emaranhadas na educação brasileira para explicar o porquê dessa interferência deles numa sociedade que vivia aqui há muitos anos em paz - relativa paz, é claro. Em sala de aula quando presenciamos ou ouvimos falar, de atividades como "dia do índio", nos demora perceber o como isso pode levar a uma exclusão dessa cultura - que também originou a nossa - na cabeça de uma criança. Explicando melhor, nós tentamos hoje nos retratar com esses povos (indígenas, negros, mulheres) que foram excluídos de segmentos sociais na história, fazendo dias comemorativos para eles. Esses
dias acabam por representar um maior distanciamento dos alunos, nas crianças com essas culturas, separando eles do resto do mundo, não vendo aquele quebra-cabeça social onde todos fazem parte de um só.

Nesse aspecto a revolução industrial colaborou para o enfraquecimento das disciplinas humanas na educação e consequentemente o ensino da reflexão, da crítica, contestação, e de tudo que contribui para o avanço da sociedade e a noção da nossa sociedade como um todo. O trabalho passa a ser foco e a reflexão passa a ser perigoso para a desestabilização do Sistema. Ou seja, por um longo tempo, na prática, não se via professores ensinando reflexão para o aluno. Em História, os conteúdos eram dados como fatos, datas, figuras importantes, e tudo isso num contexto de hierarquização.

A teoria pós-colonialista prevê um ensino horizontal e transparente, reconhecendo a impossível neutralidade do professor e enriquecendo suas reflexões com as observações dos alunos. Eles passam a ser agentes da história, e passam a serem capazes de modificar o mundo, adentrando nele com uma concepção diferente, uma visão diferente de seus pais e avôs.

Questões para se pensar:

O que é civilização?
Quais os parâmetros para distinguir uma cultura "civilizada" de uma "não civilizada"?
O que você conhece da cultura européia? E da cultura indígena?



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